O RUBI DO MARAJÁ... UI!

A expulsão dos canteiros trouxe para Picolino a oportunidade de se enfronhar em rodas e também conhecer pessoas que orbitavam em outros círculos, propiciando-lhe, aos quarenta e poucos anos, o encontro com uma senhora divorciada, mãe de quatro filhos. Posteriormente, descobriram terem sido colegas de infância.


Passados alguns meses, casaram-se e na lua de mel, ela, bem experiente, conforme as más e venenosas línguas espalhavam, concluiu que ele, naquela altura do campeonato ainda seria virgem e uma fimose impediu a realização do bem bom, o que fez com que o casal voltasse de Araxá onde curtiriam uma sofrível.


Logo após da frustrada intenção, teve de fazer uma cirurgia que se complicou no pós cirúrgico, pois o homem era alérgico ao mercúrio cromo. Brotou um inchaço grotesco com irritação e coceira, ficando encostado na cama por uma semana com seu periquito escondido e ardendo em brasas. A esposa Consuelo, ao invés de manter-se calada, na intimidade com sua amiguinhas, comentou o ocorrido. Logo, todos concluíram que a primeira foda de Picolino tinha sido realmente foda.
O pior mesmo, não foi isso... uma antiga empregada da casa, ainda no período de resguardo do operado, ouvira a seguinte conversa, vinda dos aposentos do casal:
-Hoje, não, amada minha.
-Hoje, sim, meu rubi.
-Só se você soprar... Aí como arde.
-Soprar não resolve, não é mertiolate. Mas prometo pôr bastante gelo.


A pobre criada espalhou a conversa como quem varre o quintal em dia de ventania. Fato que fez com que Picolino fosse pelas costas, maldosamente chamado por rubi, e alguns enfeitavam ainda mais o pavão, rubi florescente.


Posteriormente de pinto novo, voltou para Araxá para colocar as coisas em dias, e no retorno às reuniões de obra, sempre tragando seu maço de cigarros com a piteira toda metida.


Cont.......

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