Moleque magrelo
Mascando chiclete
O dia inteiro
Jogando pelada quase pelado
Eu era maneiro
E naquela época
Também descolado
Mas na verdade
Que bola, que nada!
Tudo que eu queria
Era a ver quando a Rita passava
Toda reta, esticada, de sorriso leve
As tetas eretas
Embicadas pro céu
Era a Rita que eu apreciava
Da cabeça aos pés
Eu diria que a amava
Quando ela descia a rua
Onde eu sempre a esperava
Ela vinha empinada e tensa
Ela me olhava de soslaio
E nos olhos dela a vontade
Era a mesma que eu tinha
A bola ficava presa
Debaixo dos meus pés
E toda molecada ficava parada
Olhando a mulher que eu olhava!